Estava às voltas na cama, ora lia uma revista ora virava-me para o lado para pensar. Um aperto. Era o que sentia, ou melhor, o que sinto.
Imagino uma miúda que outrora tinha uma vela à cabeceira... uma luz que voava devagarinho, mas que iluminava o quarto. A menina não tinha medo. Como escorreria uma lágrima? Ela não sabia... e nem pensava nisso. Sorria.... sorria mesmo... um sorriso que se espalhava pelo quarto, pelos bonecos de tantos momentos, pelas fotos de outros tantos momentos.
Um dia, a menina perdeu alguém. A vela fundiu-se no escuro.
2 comments:
Um dia a menina vai voltar a sorrir...
...um dia o escuro vai apagar-se, vai deixar de ser frio, insensível e doloroso.
Nesse dia a frágil menina lança um sopro de vida, um sopro de coragem e de força.
Nesse momento a vela, envergonhada, ganha a força de uma pequena faísca e reacende.
A menina volta a não ter medo, desaperta o aperto que sente, esquece quanto custa deixar escorrer uma lágrima e o seu doce e arrebatador sorriso volta a espalhar-se pelo quarto, embalando timidamente nos seus braços a vela da vida e enchendo de alegria alguém que terá uma suprema felicidade, a maior delas todas.... dar nova vida à vida da menina.
Uma vida do tamanho do seu sorriso.
(I wish).
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