Depois do primeiro texto dei por mim a vasculhar em caixas antigas à procura de cheiros e palavras. Afinal existe tanta coisa, o nosso passado parece sempre muito mais fértil depois de ter "passado"...
Acabei por escolher algumas folhas, normalmente arrancadas de cadernos, cheias de rasuras mas acima de tudo cheias.
Aqui começa a partilha.
Estás aí?
Diz-me, estás a ouvir-me?
Vá! Sai daí por um momento.
Vem à superfície nem que seja apenas para me leres...
Imaginas a quantidade de coisas que eu gostaria de te dizer?
Larga os teus fantasmas de lama. Só um pouco, por favor...
Gostava tanto de te fazer entender que a lama onde te afundas é também o barro que forma os pilares da tua vida... se tu quiseres.
Somento se tu quiseres!
Todas estas palavras podem ser vãs ou talvez não.
Os teus pensamentos talvez estejam no lago do meu medo, onde eu não me atrevo a mergulhar, mas são pensamentos de aparência mural, na verdade tão efémeros.
Luta, luta sempre e até ao fim porque só te podes arrenpender do que não fizeste...
Estás a dizer que dói?
Como poderia não doer?
Tudo à tua volta se solidifica e é cada vez mais difícil encontrar uma brecha.
Uma pequena passagem.
A realidade.
Mas quem é que falou em realidade?
Beleza? O que é que importa o que dizem os outros?
Tu estás cegas, como é que poderias ver?!
Há muito que te atiram terra para os olhos...
A mesma terra que com as tuas lágrimas se transformou em lama.
Não desistas.
Desistir é morrer.
E uma alma como a tua não pode ter esse destino!
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1 comment:
tinha um texto tão bonito
mas o computador foi-se abaixo
se não fosse tão cabrito
marrava-te aí em baixo
ate tinha um texto giro, mas depois so me deu pra isto... perder um copy+paste desinspira qualquer um...
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