Monday, March 26

Eu

Ainda me perco dentro de mim...

Há segredos que não se partilham...

... mas eu bem que gostava de saber o que é que ele lhe respira ao ouvido... Ou será que se perdia na tradução?...

Thursday, March 22

Tuesday, March 20

Aquelas Miúdas

Caramba que há momentos em que me apetece gritar mesmo do diafragma e afins: "Epa...TANTA GENTE E NINGUÉM". No fundo é um desabafo. É tarde, tenho os olhos pesados, mas um ritmo estonteante no fluxo sanguíneo.
Tenho de ir descansar para amanhã assustar o mínimo de gente possível... mas lá está... coração acelerado e cérebro confuso. Isto tudo para escrever somente o seguinte: Gosto de vocês miúdas assim à parva (nem vou pôr vírgulas) GOSTO GOSTO GOSTO...ADORO MESMO. E sempre que me sentir sozinha penso no nosso cantinho.

Friday, March 16

Com 5 letrinhas apenas se escreve o nome daquela a quem este post é dirigido... Mais uma ajuda: começa com V... de Vitoria


Sim! Esta é para ti! Porque segunda-feira vai ser um dia especial, aqui ficam as marcas de quem te quer (muito) bem... É que agora que aderimos à moda dos blog's, posso deixar recadinhos!
A sabedoria popular diz que depois da tempestade vem a bonança. E como o povo é reivindicativo mas (quase) sempre tem razão, acredito que esta máxima se aplica. Depois de uns ultimos longos meses menos bons, sei que vais encarar de frente este novo desafio.
E só te queria desejar muita sorte... Correndo o risco de isto ficar lamechas, quero que toda a gente saiba que gosto muito de ti! E sei que posso falar pelas outras meninas quando digo que estamos aqui para o que precisares...
Aproveito para pedir desculpas a elas por ter transformado este blog numa página sentimental. Vou-me calar. Mas deixo as palavras.
(a pedido de várias famílias... ok, de uma... acrescento a foto para a posteridade)

Tuesday, March 13

Ode às Pequenas Coisas

Foi há coisa de uma hora. Estive a olhar para uns olhos brilhantes, ternos, rasgados só para neles podermos ver o mundo. Lacrimejavam, é verdade. Água e cloreto de sódio, à saída do olhar. Quantas vezes tive vontade de te pegar ao colo. Tantas...
As palavras escorriam para o ralo da imponência do silêncio. Não poderia ser de outra maneira. O silêncio era verdade ali, naquele instante.
Por dentro, por dentro apetecia-me curar-te. Arrancar-te do teu desnorte e espalhar migalhas de pão para encontrares o teu caminho.
Uma Ode às pequenas coisas. Palavras para ti minha linda. Sabe tão bem gostar de ti. Olhei para os teus olhos...e Acreditei.

Bateu-me...Sad Eyes...Josh Rouse

Monday, March 12

Regresso ao passado I - Um apelo

Depois do primeiro texto dei por mim a vasculhar em caixas antigas à procura de cheiros e palavras. Afinal existe tanta coisa, o nosso passado parece sempre muito mais fértil depois de ter "passado"...
Acabei por escolher algumas folhas, normalmente arrancadas de cadernos, cheias de rasuras mas acima de tudo cheias.
Aqui começa a partilha.

Estás aí?
Diz-me, estás a ouvir-me?
Vá! Sai daí por um momento.
Vem à superfície nem que seja apenas para me leres...
Imaginas a quantidade de coisas que eu gostaria de te dizer?
Larga os teus fantasmas de lama. Só um pouco, por favor...
Gostava tanto de te fazer entender que a lama onde te afundas é também o barro que forma os pilares da tua vida... se tu quiseres.
Somento se tu quiseres!
Todas estas palavras podem ser vãs ou talvez não.
Os teus pensamentos talvez estejam no lago do meu medo, onde eu não me atrevo a mergulhar, mas são pensamentos de aparência mural, na verdade tão efémeros.
Luta, luta sempre e até ao fim porque só te podes arrenpender do que não fizeste...
Estás a dizer que dói?
Como poderia não doer?
Tudo à tua volta se solidifica e é cada vez mais difícil encontrar uma brecha.
Uma pequena passagem.
A realidade.
Mas quem é que falou em realidade?
Beleza? O que é que importa o que dizem os outros?
Tu estás cegas, como é que poderias ver?!
Há muito que te atiram terra para os olhos...
A mesma terra que com as tuas lágrimas se transformou em lama.
Não desistas.
Desistir é morrer.
E uma alma como a tua não pode ter esse destino!

Prazeres da vida

Para além dos óbvios, há prazeres que não dispenso, eles são a música, o cinema e os livros. Bom, principalmente os livros. Com um bom livro vou ao céu.
Ele são tardes e noites perdidas, num desassossego por chegar ao fim, numa expectativa por adivinhar o que se segue. Com um bom livro nas mãos pareço uma louca, uma ressacada que anseia a próxima dose. Dêem-me um bom livro.
Já me apaixonei por livros, e foi de tal forma que ao virar da última página senti a perda, a angústia do adeus. A sorte é que eles ficam ali, como uma memória que aguarda revisão. Houve livros que reli.
Por vezes, depois de um bom livro, fico perdida. Quero mais. E, é aí que as coisas se complicam. Tal como no fim de uma relação estou carente de um substituto, um substituto que sei à partida menor que o primeiro. Até ao dia em que inesperadamente volto ao início, e dou por mim presa a um novo romance.

Friday, March 9

Quelque jours...

Um dia destes atrevo-me a viver. A Voar bem alto. A Imaginar florestas azuis. A Ver as coisas para além da forma. A Escolher quem quero ser. A Rir só porque sou.
Um dias destes esqueço-me de mim. Foco-me nos sonhos. E vou deambular pelas ruas da cidade à procura do cheiro do amor.
Um dia destes vou acordar ao teu lado. Vou encostar a cabeça no teu peito e suspirar por existirmos. De mãos dadas. Sem tempo nos braços.
Um dia destes vai acontecer.

Monday, March 5

Regresso ao passado

Diz-se que há uma primeira vez para tudo... aos quase 29 anos continuo a ter dessas sensações de novidade, mistura de receio e vontade de descobrir.
Pela primeira vez participo num blog... Esta ideia de partilhar com os outros (todos os outros) fascina-me e aterroriza-me por isso vou começar por algo simples, uma viagem ao passado e a coisas já escritas. Esta não tem título e nem vos vou dizer os anos que tem porque agora que fiz as contas até me senti mal....

-Toma.
- O que é?
- É uma ponta da minha vida. Queres?
- Quero!
Ele agarrou na ponta daquele fio fino e sedoso e começou a puxar lentamente.
- Vês alguma coisa?
- Sim.
- Puxa devagar para não o quebrares.
- Quero ver mais. Posso?
E diante dos seus olhos aquilo que no início não passava de uma simples rapariga começou a revelar-se, o fio que a envolvia ia desaparecendo. Ele fechou os olhos e viu-a, viu um raio de sol, um bocado de céu, um rasgo de uma bonita paisagem mas também uma gota de chuva aqui, uma pétala de medo ali.
Ela fechou os olhos e sabia que ele a estava a ver.
Para ele, ela transformou-se, sim foi isso, tranformou-se num belo quadro cheio de contrastes.
Ela via-se igual, mas ele não, ele agora descobriu-a, ela deu-se a descobrir. O fio acabou e ele viu-a em todo o seu esplendor preto e branco e amou-a, admirou-a e sentiu-se livre, solto, ele.
- Toma.
- O que é?
- É uma ponta da minha vida. Queres?
Ela agarrou-a e atou-a com o final do seu fio.
- Posso puxar?
E ela enrolou-se no fio dele e ele no dela. Rodavam e sorriam enquanto se descobriam.
Os fios chegaram ao fim e eles já estavam novamente envolvidos mas só os outros viam essa máscara porque os dois estavam agora unidos por aquele frágil nó que jamais se quebraria.

Sunday, March 4

Fake Plastic Love



Estava às voltas na cama, ora lia uma revista ora virava-me para o lado para pensar. Um aperto. Era o que sentia, ou melhor, o que sinto.

Imagino uma miúda que outrora tinha uma vela à cabeceira... uma luz que voava devagarinho, mas que iluminava o quarto. A menina não tinha medo. Como escorreria uma lágrima? Ela não sabia... e nem pensava nisso. Sorria.... sorria mesmo... um sorriso que se espalhava pelo quarto, pelos bonecos de tantos momentos, pelas fotos de outros tantos momentos.

Um dia, a menina perdeu alguém. A vela fundiu-se no escuro.